- De que valeu o suspiro de Liberdade vivido no dia 25 de Abril de 1974 se hoje os Portugueses não têm liberdade de falar, de escolher o destino das suas vidas, liberdade para se ser Feliz neste País? - De que valeu reclamar, lutar, contrariar, opor, intervir se afinal o mérito e o empenho nada contam neste País? - De que valeu a esperança por novos Políticos, se cada um é afinal de uma geração de desencanto, de que é feito o coração dos políticos: sentimentos ou muros? - De que valeu as luzes de velas que tantos e tantos Portugueses acendem em Fátima, por uma Vida melhor para eles, para os filhos e para os netos? - De que valeu aquele sorriso de uma criança quando viu a Bandeira Portuguesa, se não temos já orgulho, respeito, dignidade neste País? - De que valeu os nossos corpos mortos no Ultramar, se não sabemos “respeitar o outro”? - De que valeu querer tanto para as nossas vidas, educar e lutar por um Portugal mais justo, mais digno, mais Humano e mais Verdadeiro se com os anos apenas encontrámos menos dignidade, menos justiça, menos voluntariado, menos respeito? - De que valeu o vento nos nossos rostos em cada marcha, em cada luta, em cada direito adquirido, se tudo deu em nada? - De que valeu dizer "esperei muito tempo por este momento", se esse momento nunca aconteceu ou nos foi roubado pela cunha do outro, pelo oportunismo, pela ganância e pela corrupção? - De que valem os abraços quando as “facadas nas costas” são maiores que os Amigos? Diz, Portugal, de que valeu a espera de “dias melhores virão” se sei que um dia teríamos este desencontro eu e tu? Eu já sei que nos vamos divorciar...eu e tu, meu Portugal!
